Projetista Lucas de Sales comenta diferença entre irrigação com poços e empresas de abastecimento

Autor: Josué Magrani - Data: 08/12/2022


Trabalhando há 10 anos com projetos e há 2 exclusivamente com Irrigação, Lucas de Sales, projetista da Greentec Irrigação, nos deu uma entrevista exclusiva comentando sobre como iniciou sua carreira como projetista, experiências na área, sua função dentro da empresa, dificuldades, método de trabalho e as diferenças entre utilizar água de poços artesianos e de empresas de abastecimento

O início da carreira como irrigante

Por trabalhar em projetos desde os 16 anos, Lucas já possuía algum conhecimento hidráulico básico, na época, limitado a encanamentos de residências e tubulações do corpo de bombeiros, fruto da experiência adquirida em seus trabalhos. Entrando para a Greentec, que na época buscava um projetista a fim de tornar o setor da empresa mais técnico, ele se aprofundou na área da Irrigação, tendo como auxílio para seu aprendizado a ferramenta HydroLANDSCAPE. Lucas então precisou se adaptar aos produtos dos quais a empresa trabalhava enquanto se profissionalizava:

“O programa de vocês (HydroLANDSCAPE) tem uma metodologia simples de trabalho. Eu consigo me basear nos processos, nas etapas de um projeto, facilmente(...).”


O funcionamento da Greentec Irrigação

Localizada no estado do Mato Grosso do Sul, a empresa faz projetos de paisagismo e irrigação. Trabalhando em áreas residenciais, com casas pequenas que não necessitam de reestruturação e obras de condomínios que vão dos pequenos de 300m² até os mais robustos com 1000m². Essa diferença de tamanho resulta em um andamento de projeto totalmente diferente com outros materiais, bombas, cálculos, etc.
A empresa também é responsável por projetos de maior escala como o “Bioparque Pantanal”, shoppings, bosques e edifícios, sendo este último marcado pela arquitetura vertical que exige uma tubulação suspensa através do teto e do subsolo, o que acrescenta um grau de complexidade ao projeto.


A Greentec também está trabalhando em abrir uma área exclusiva para projetos com o objetivo de expandir-se cada vez mais e que já tem mostrado alguns resultados com trabalhos sendo desenvolvidos em outros estados.

Confecção e Dificuldades de um projeto de Irrigação para Paisagismo

Para Lucas, a parte mais interessante do projeto é quando se recebe a tarefa e logo de início se imagina o sistema funcionando antes mesmo de começar de fato a fazê-lo, e sua parte favorita é efetuar a conexão de canos pois é quase uma terapia pessoal, faz com que ele, ao colocá-lo no projeto, tenha que imaginar como ficará quando for instalado no local, levando em consideração qualquer erro que possa vir a acontecer, que cause custos adicionais.

De acordo com o projetista, a base do projeto está toda no funcionamento do paisagismo, sendo necessário estudar o posicionamento de cada elemento para que nenhum deles acabe atrapalhando o processo de irrigação, no caso de uma casa:

”Eu preciso saber, basicamente, como é o osso da casa, por onde eu posso passar a tubulação. (...) Eu tenho que me atentar aos pontos elétricos da casa, à parte hidráulica da casa, (...) e no final eu ainda tenho que me atentar ao paisagismo.


Em áreas rurais a dificuldade já é outra, pois se torna necessário atentar-se à eletricidade disponível no local, se é monofásica ou trifásica, e ao desnível do terreno, a fim de saber o melhor local para se colocar a bomba hidráulica e qual será a perda de carga. Quando a bomba está posicionada em terreno elevado não há problema, mas quando ela fica alocada em um nível inferior, deve-se tomar cuidado pois há perda de carga. Uma ferramenta útil que pode servir de auxílio para coleta de dados sobre o nivelamento é o Google Earth.

Uma das dificuldades também encontradas em projetos de irrigação é quando o Irrigante se depara com áreas pequenas com muito paisagismo, este foi o caso do Bioparque Pantanal, que acabam limitando a quantidade possível de tubulação a ser passada:

”A gente deixa ela (a eletroválvula) no limite máximo suportável para que a única tubulação que venha para essas áreas pequenas seja a tubulação secundária que faz a alimentação desses aspersores.”

Este projeto em específico também foi difícil de se imaginar terminado e funcionando, isso se dá porque ao se tratar de um espaço público com bastante circulação de pessoas, era necessário projetar um sistema que cobrisse toda área a ser irrigada sem correr o risco de molhar ninguém no processo.


Disponibilidade de água: Poços Artesianos X Empresa de abastecimento

No Mato Grosso do Sul o abastecimento de água não se mostra um problema, sendo o clima um maior empecilho devido ao calor que tem feito, contrastado pelos períodos de chuva intensa que chegam ao ponto de derrubar árvores, sendo necessário acrescentar um sensor de chuva em cada projeto para regular o uso de água. Já na escolha de qual modelo de fornecimento de água usar está disponível o uso da companhia local, bem como de poços artesianos. Para a primeira opção se tem previamente a informação do volume de água que será fornecido por hora, o que ajuda a calcular qual a capacidade máxima de irrigação do local, sempre levando em consideração momentos de pico em que o fornecimento pode se mostrar insuficiente para atender o uso popular juntamente da irrigação, recomenda-se evitar esses horários e dar preferência a madrugadas e horas comerciais quando não há muitas pessoas utilizando água. Além disso, a água da companhia possui um custo de uso que deve ser considerado e calculado durante a execução do projeto para que o cliente saiba qual será o valor gasto para manter seu sistema.


Os poços artesianos, por outro lado, são a forma mais comum de fornecimento de água para irrigação e não possuem custo por uso, sendo necessário investir apenas na perfuração do mesmo, que será mais caro ou mais barato dependendo da profundidade necessária para se extrair água, e fazer a limpeza frequente para evitar que a água fique suja, prejudicando a irrigação, ou mesmo um possível entupimento. Por último, deve ser levado em consideração que em áreas rurais é necessária a permissão do estado para se ter o usufruto da água.

Depoimentos

Utilizando o HydroLANDSCAPE desde o início de sua carreira como irrigante, Lucas de Sales aprendeu a projetar para irrigação utilizando o programa da AuE Software e tem utilizado o software nos últimos dois anos diariamente. Para ele, o programa se destaca pela praticidade, rapidez, eficiência e confiança nos cálculos:

”Se eu for fazer o projeto a mão(...) ou for fazer em qualquer outra coisa que não seja através do software de vocês(HydroLANDSCAPE) eu vou levar o dobro do tempo. Por exemplo: eu fiz um projeto, vamos dizer que levou um mês para fazer, isso através do software de vocês, se eu pegar esse projeto e tirar o software de vocês, eu vou entregar só no ano que vem(...) Eu faço o projeto e ele me entrega o relatório inteirinho com tudo que eu preciso saber(...) Eu não preciso terminar e começar a fazer os cálculos(...), é muito melhor utilizar o software de vocês, é muito mais simples e muito mais prático. (...) É um software que me protege porque ele nunca errou.”


Assista abaixo o vídeo da entrevista na íntegra e o mais novo episódio do “Histórias de Sucesso”!




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Entrevista
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