Conheça alguns dos sistemas de irrigação mais utilizados na agricultura
Autor: Isabela Silva - Data: 02/02/2021
O domínio sobre técnicas e práticas, compreendendo as necessidades hídricas das plantas, tipo de solo, a topografia da região e quantidade de recursos disponíveis são fundamentais para garantir o aumento da produção de alimentos e o manejo racional da irrigação.
Irrigação por aspersão
A escolha por um sistema adequado de irrigação garante boa produtividade no setor agrícola sendo importante para viabilizar o uso eficiente da água. Logo, é importante que o produtor priorize as fases de maior necessidade da lavoura e opte por adquirir equipamentos que possam ser otimizados.
A agricultura irrigada fornece água as plantas de modo não natural, em média ou larga escala de plantações e utilizando de maquinário, estruturas, técnicas, etc. Considerada a responsável pela expansão da agricultura e desenvolvimento dos setores agropecuários e econômico, a agricultura irrigada tem como vantagem:
- Modernização do sistema de produção;
- Aumento da oferta e regularidade de alimentos;
- Evita o desperdício de água e gasto de energia;
- Produtividade até 3 vezes maiores relação a agricultura de sequeiro;
- Seguridade no investimento já que a propriedade deixa de ser dependente totalmente da chuva;
Principais tipos de sistemas para agricultura irrigada:
1. Irrigação por aspersão: sistema onde a água é aspergida pelo ar imitando uma chuva bem fina, como uma chuva artificial. O método possui a facilidade de se adaptar a diferentes topografias e culturas, sem a necessidade de sistematizar o terreno. Dentre alguns métodos de irrigação por aspersão, temos:
- Pivô-central: neste método projeta-se uma área circular onde se recebe uma estrutura suspensa e no seu centro é conectado uma tubulação. A água é aspergida por cima da plantação através de um raio que gira em torno dá área circular.
- Convencional: direciona-se a água para a cultura como uma chuva, de maneira intensa e uniforme. Neste método a água consegue infiltra o solo sem que ocorra o escoamento superficial. A técnica pode ser utilizada em terrenos planos, de encosta ou terraços. Áreas com declividades acentuadas podem dificultar este tipo de irrigação.
- Convencional fixo: método variante do convencional citado, possui estrutura fixa, tendo suas tubulações e estruturas já fixadas na área a ser irrigada, dispensando a necessidade de mudanças. Embora seu custo estrutural para implantação seja maior, requer menos mão de obra para manejo.
- Deslocamento linear: com estrutura de movimento semelhante ao método de pivô central, este se move apenas pela longitude da área destinada, logo, suas torres de deslocam na mesma velocidade.
Para optar por este sistema de irrigação é necessário considerar a topografia da propriedade, categoria de cultura, disponibilidade de recursos hídricos e mão de obra. Entre as ventagens, podemos citar: distribuição uniforme da água, perda menor por infiltração e evaporação, diminuição do risco de erosão causada pelo excesso de água e economia de mão de obra em comparação aos métodos de irrigação por superfície.
2. Irrigação por microaspersão: sistema de irrigação localizada que utiliza microaspersores, que produz micropartículas de água, o que contribuí para evaporação de modo uniforme. Além de conseguir um alto desempenho, é possível economiza com a mão de obra. O sistema facilita na aplicação de fertilizantes nas raízes de plantas.
3. Irrigação autopropelidos: sistema onde um aspersor é instalado em uma estrutura metálica com rodas -também conhecido como canhão- e se desloca de modo linear para irrigar faixas do terreno. A estrutura conecta-se ao reservatório, hidrantes através de uma mangueira flexível, mas resistente à pressão, tração e atrito com a superfície. Se movimenta por energia hidráulica, gerada a partir da água bombeada.
Possui fácil manejo e é indicado para culturas de topografia plana ou inclinada. Apesar de se adaptar a diferentes culturas, como plantio de cana, frutíferas e pastagem, é um sistema que demanda muita atenção e planejamento para que possa garantir uma distribuição uniforme de água.
4. Irrigação por gotejamento: distribuição da água até as planta em gotas, de modo lento e por cima do solo. Este sistema fornece os insumos de forma gradual e mantém a umidade do solo mais próximo possível das necessidades da planta. O método evita a perda por evaporação, melhora o desenvolvimento das raízes e possibilita a distribuição uniforme de água e fertilizantes, mesmo em locais onde não há recursos em abundância.
5. Irrigação por superfície: sistema que utiliza a ação da gravidade, sendo a água depositada no solo e por “ação natural” consegue ser absorvida e chegar às plantas irrigando-as. Devido às especificidades topográficas para implantação, este método possui pouco apelo comercial. O sistema pode ser aplicado de duas formas: em declive e ao nível.
Entre os benefícios, temos: baixo custo operacional e fixo, facilidade de operar e equipamentos simplificados, pouca interferência do vento, facilidade de adaptação de solos e culturas, e redução do consumo de energia.
Atentar-se a escolha do método mais adequado é apenas o primeiro passo para ter sucesso com a agricultura irrigada, a médio e longo prazo. Além disso, é importante lembrar que para a implantação de um sistema de irrigação, é necessária uma concessão pública emitida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Referência: agroclique
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