Calor extremo em plantas dificulta o controle de danos pela irrigação
Autor: Giulia Wogel - Data: 20/12/2023
A Embrapa Semiárido fez uma pesquisa sobre o efeito do forte calor nas plantas e, de acordo com a empresa, os impactos são tão intensos que a irrigação sozinha não é capaz de minimizá-los. Em novembro de 2023, o Brasil registrou sua oitava onda de calor do ano. Além disso, o verão, estação mais quente do ano teve início no dia 22 de dezembro, fazendo com que o calor persista até, no mínimo, janeiro de 2024.
Os cientistas especializados em espécies vegetais no Semiárido nordestino: Magna Moura, Saulo Aidar e Agnaldo Rodrigues, explicam que os danos variam conforme a fase de crescimento das plantas. Exemplo disso nas árvores frutíferas é a morte de botões florais que se converteriam em frutos, ou mesmo frutos já em amadurecimento, devido ao calor excessivo.
Ainda, as temperaturas elevadas são propícias para a proliferação de pragas de alta complexidade e reduzem as trocas de gases, diminuindo a produtividade das culturas.
Uma alternativa para o problema, além do ajuste na irrigação, é o uso de telas de sombreamento em plantações. De acordo com uma experiência com macieiras realizada pelos pesquisadores, a estrutura tem ajudado a minimizar os efeitos do calor, resultando em uma maior eficiência na fotossíntese do pomar quando comparado à sua exposição total ao sol.
“Em certos momentos do ano, a radiação solar na região pode ser excessiva para a fotossíntese de algumas culturas agrícolas, afetando o desempenho fisiológico não apenas pela quantidade de energia luminosa, mas também pelo excesso de calor nos períodos próximos ao meio-dia”, afirma Moura.
Com isso, é fundamental a melhora de manejo das plantas em situações como essa, a fim de recuperar a produtividade das plantas e ter um rendimento econômico positivo para sua empresa.
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