Manutenção de Sistemas de Irrigação: Corretiva x Preventiva

Autor: André Guilherme Rego - Data: 13/02/2025

Os sistemas de irrigação, quando bem projetados e implementados, demandam pouca manutenção. No entanto, fatores externos como ação de máquinas de jardinagem, animais domésticos, pássaros e variações climáticas ao longo das estações podem exigir intervenções corretivas ou preventivas.

A manutenção preventiva e corretiva tem como principal objetivo otimizar o desempenho do sistema, garantindo maior eficiência, reduzindo desperdícios e aumentando a vida útil dos componentes. Essa prática também contribui para a redução de custos operacionais e evita falhas inesperadas.

Para manter o sistema em pleno funcionamento, é essencial realizar verificações periódicas, incluindo a limpeza de filtros, o correto posicionamento dos emissores e a inspeção de válvulas, sensores, controladores e conexões elétricas. A periodicidade da manutenção pode variar entre mensal, bimestral ou trimestral, dependendo das características do sistema.

Manutenção Corretiva

A manutenção corretiva envolve intervenções mais complexas e geralmente ocorre quando o sistema já apresenta falhas significativas, comprometendo seu funcionamento. Essas falhas podem ter origem hidráulica ou elétrica, exigindo a ação imediata de um técnico especializado. Algumas situações comuns que demandam esse tipo de manutenção incluem:

Falha no funcionamento da bomba devido a problemas elétricos ou falta de revisão de seus componentes;

Defeitos no painel de comando ou na chave de partida, impedindo a ativação do sistema;

Controlador desconfigurado ou com falhas operacionais;

Bombeamento com baixa pressão ou com entrada de ar no sistema.

Do ponto de vista comercial, a manutenção corretiva é geralmente realizada por profissionais capacitados, que realizam testes, diagnosticam os problemas e apresentam um orçamento para a execução dos reparos necessários.

Manutenção Preventiva

Como o próprio nome sugere, a manutenção preventiva tem o objetivo de evitar falhas e garantir o funcionamento ininterrupto do sistema. Essa abordagem minimiza riscos, reduz custos com reparos emergenciais e impede que áreas irrigadas fiquem sem abastecimento por um período prolongado.

Outro aspecto relevante da manutenção preventiva é a correção de pequenos danos causados durante a rotina de jardinagem, como cortes acidentais em mangueiras e obstrução de emissores. Os principais procedimentos realizados incluem:

Limpeza e regulagem dos bocais dos aspersores;

Realocação e limpeza de aspersores mal posicionados;

Substituição de aspersores e bocais danificados;

Limpeza interna e externa das válvulas e caixas de válvulas;

Reprogramação do controlador para ajuste dos tempos de irrigação conforme a necessidade das plantas e preferência do cliente.

O custo da manutenção preventiva está diretamente relacionado à frequência das visitas técnicas (mensal, bimestral, trimestral, semestral) e ao tamanho do sistema de irrigação. Quanto maior o sistema, maior a necessidade de monitoramento e ajustes frequentes.

Investir em manutenção preventiva é uma estratégia inteligente para garantir a longevidade e eficiência dos sistemas de irrigação, evitando problemas inesperados e otimizando os recursos hídricos.