Irrigação residencial: poço, cisterna ou água da rua
Autor: Isabela Silva - Data: 02/02/2021
Na irrigação residencial, a fonte de água geralmente é a mesma utilizada no abastecimento público, a água potável. Seu uso que acaba encarecendo e inviabilizando o sistema de irrigação. O custo alto reforça ainda mais a necessidade de racionar o uso.
Buscando alternativas para o abastecimento de água no sistema de irrigação residencial, podemos recorrer também a cisterna ou poço. Para escolher o abastecimento correto, é necessário entendermos primeiro, a diferença entre eles. A seguir apresentamos as diferenças, vantagens e desvantagens de cada uma das alternativas.
Poço Artesiano, Semi Artesiano e Poço Caipira:
-Poço Artesiano: poço perfurado com grande profundidade e com pequeno diâmetro. A pressão produzida pela própria água a leva até a superfície, dispensando a necessidade de bombeamento.
- Poço Semi Artesiano: Ao contrário do anterior, este poço necessita de bombeamento para que a água chegue até o reservatório ou alimentação direta da residência. Este poço costuma ter entre 20 e 60 metros de profundidade e necessita de uma técnica de perfuração que demanda maior custo de equipamentos para bombeamento e retirada da água.
- Poço Caipira: é considerado um poço raso (até 20 metros de profundidade), é perfurado manualmente e tem diâmetro em torno de 1 metro e meio. A capitação de água costuma ocorrer no lençol freático uma vez que não atinge a camada impermeável.
Entre os pontos positivos de ter um poço, podemos citar a abundância no fornecimento de água atrelado a economia na conta de água.
Porém, a utilização deste tipo de poço exige estudos prévios, uma boa execução na perfuração e o risco de obter uma água com muitas impurezas deve ser avaliado.
Cisterna:
Principal meio de capitação de água da chuva em residências, podendo ser projetada especificamente para uma residência em alvenaria ou adquirida em volumes padronizados em plástico.
Normalmente as cisternas são enterradas para evitar a incidência de luz solar, prevenindo assim, proliferação de algas. Na saída da cisterna é montado um conjunto de sistema de pressurização que contém bomba e sensor. Logo, é recomendado que o sistema de irrigação possua um sistema de bombeamento próprio, dimensionado de acordo com as demandas específicas de vazão/ pressão das regas. Além disso, é importante a instalação um sistema de alimentação de água da rua automatizado com boias elétricas para que em épocas de estiagem, a cisterna seja reabastecida pela água da rua. Isso ajuda a manter os níveis para demanda da irrigação.
O sistema é considerado eficaz para redução no consumo de água em boa parte do ano sendo considerado sustentável, de manutenção simples e prática. Porém, é preciso considerar o custo de instalação da cisterna enterradas ou em alvenaria e também, conjunto de bombeamento do sistema de irrigação alimentado pela cisterna.
Água da rua: a alimentação do sistema de irrigação é feita diretamente pela água da rua, fornecida pela companhia de abastecimento do município. É indicado para residências que não possuem cisterna, que possuam jardins menores.
Desde que haja uma boa pressão nas torneiras, o custo para implantação do sistema de irrigação é baixo, já que não há necessidade de sistema de bombeamento. Em contrapartida, não há economia na conta de água, elevando consideravelmente os gastos, principalmente em períodos de pouca chuva.
Analisando o custo/benefício para implantação e consumo mensal de cada um dos sistemas de abastecimento, a cisterna ou reservatório é o mais vantajoso. Seu custo de instalação é inferior ao de perfuração de um poço artesiano. A despesa mensal na conta de água é inferior em comparação com o abastecimento por água da rua.
No entanto, é importante considerar outros fatores, o estudo prévio ou projeto é importante para saber qual a demanda de água para ser reservada, o espaço disponível na residência e a vazão necessária.
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