Erros Comuns na Irrigação: Como Prevenir e Garantir Alta Eficiência

Autor: André Guilherme Rego - Data: 03/06/2025

Os sistemas de irrigação são aliados indispensáveis para quem busca aumentar a eficiência das plantações, economizar recursos e, claro, alcançar maior lucratividade. No entanto, erros na escolha, instalação ou manutenção desses sistemas podem comprometer todo o investimento, afetando diretamente o desempenho das lavouras.

Se você está começando na área ou deseja otimizar sua irrigação, conhecer os erros mais comuns, e como evitá-los, é o primeiro passo rumo a uma operação eficiente. Confira a seguir os principais deslizes que podem comprometer o seu mini canhão aspersor ou qualquer outro sistema de irrigação.

1. Bomba Mal Dimensionada

A motobomba é o coração do sistema de irrigação. Quando mal dimensionada, seja para mais ou para menos, o prejuízo é certo:

Subdimensionada: Falta pressão e vazão para atender o sistema, reduzindo sua eficiência e, consequentemente, os resultados esperados.

Superdimensionada: O consumo de energia ou combustível dispara sem necessidade, elevando os custos operacionais.

A escolha da bomba correta exige atenção à demanda do sistema e à topografia do terreno. A dica é contar com orientação técnica e realizar cálculos precisos antes da compra.

2. Irrigar de Forma Ineficiente ou em Horários Inadequados

É comum ver agricultores baseando a irrigação apenas na observação visual do solo ou das plantas — um erro que pode custar caro.

Excesso de água: Pode causar apodrecimento das raízes e compactação do solo.

Falta de água: Compromete o desenvolvimento das plantas.

Utilize sensores de umidade ou, ao menos, verifique manualmente a umidade do solo com frequência. Além disso, atente-se ao horário da irrigação: evite as horas mais quentes do dia (quando a evaporação é maior) e também a irrigação noturna constante, que pode favorecer o aparecimento de fungos. Prefira irrigar nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde.

3. Escolher o Sistema Errado para Sua Necessidade

Com tantas opções no mercado, aspersores, gotejamento, microaspersão, entre outros, é comum errar na escolha do sistema ideal. E isso impacta diretamente na eficiência e no consumo de água.
Antes de decidir:

Avalie o tamanho da área a ser irrigada.

Considere o tipo de cultura.

Verifique a disponibilidade de água e energia.

Por exemplo, o aspersor tipo canhão é ideal para grandes áreas e culturas de porte médio a alto. Já o sistema de gotejamento é perfeito para hortas e cultivos mais sensíveis, oferecendo economia e precisão.

4. Ignorar o Tipo de Solo

Cada solo reage de forma diferente à água. Um erro comum é aplicar a mesma frequência e quantidade de irrigação em solos distintos:

Solos arenosos: Absorvem e drenam rapidamente, exigindo irrigação mais frequente.

Solos argilosos: Retêm mais água, demandando menos irrigação.

Um estudo do solo é essencial para entender sua capacidade de retenção hídrica e, assim, programar a irrigação de forma inteligente.

5. Falta de Manutenção no Sistema

Independentemente do tipo de irrigação, todo sistema precisa de manutenção básica e periódica. Ignorar esse cuidado pode resultar em entupimentos, perdas de pressão, falhas nos emissores e até em danos permanentes nos equipamentos.

Inspecione regularmente:

Filtros (limpeza e troca)

Conexões e válvulas (vazamentos)

Aspersores e emissores (entupimentos ou desalinhamentos)

Pequenas revisões evitam grandes problemas e garantem que seu sistema opere sempre com o máximo desempenho.

A irrigação inteligente vai além de molhar as plantas. Envolve planejamento, conhecimento técnico e atenção aos detalhes. Evitar os erros citados acima é fundamental para garantir produtividade, economia e sustentabilidade no campo.

Aposte em estudos prévios, monitoramento constante e manutenção preventiva. Com essas práticas, seu sistema de irrigação, seja ele com aspersores mini canhão ou qualquer outro modelo, será uma ferramenta poderosa na busca por melhores colheitas e maior rentabilidade.