Drones e imagens térmicas no monitoramento de sistemas de irrigação
Autor: Brenda de Melo Esteves - Data: 15/10/2025
A tecnologia dos drones vem ganhando espaço no campo, especialmente na irrigação. Com câmeras térmicas e sensores multiespectrais, é possível identificar falhas que o olho humano dificilmente notaria em campo — desde áreas secas e sub-irrigadas até vazamentos e saturação de solo. O resultado é um manejo mais eficiente e menos desperdício de água.
Tipos de sensores e o que revelam
Os drones utilizados para o monitoramento podem carregar diferentes tipos de câmeras, e cada uma revela um aspecto específico do sistema.
– Sensor térmico (infravermelho): mede a temperatura da superfície. Regiões mais quentes indicam solo seco ou falha de irrigação; áreas frias apontam excesso de água ou vazamento.
– Sensor multiespectral (NDVI): compara a luz refletida no vermelho e no infravermelho próximo, calculando o vigor das plantas. Vegetação bem irrigada reflete mais infravermelho e aparece em tons vivos; plantas estressadas aparecem em tons apagados.
– Câmera RGB comum: captura a imagem visível e serve como base para comparação visual, ajudando a localizar os pontos identificados pelos outros sensores.
Combinando essas leituras, o irrigante consegue enxergar o sistema de forma completa, da distribuição de água até a resposta da planta.
Como programar rotas automáticas
Os drones modernos permitem o planejamento de rotas automáticas com softwares de voo. O operador define o perímetro da área, a altura de voo e a sobreposição entre as imagens. Esse planejamento garante que o levantamento cubra toda a área irrigada de forma uniforme e repetível, facilitando comparações entre voos realizados em diferentes dias.
Interpretação das imagens
Depois do voo, as imagens são processadas em softwares especializados.
No mapa térmico, áreas mais quentes (tons amarelos e vermelhos) indicam pontos secos ou falhas no sistema. Já no mapa NDVI, cores esverdeadas representam plantas saudáveis e bem irrigadas, enquanto tons alaranjados e vermelhos mostram estresse hídrico. Com essas informações, o irrigante pode agir de forma precisa, ajustando setores, pressões ou tempos de irrigação apenas onde há necessidade.
Frequência de voos e custo-benefício
A frequência ideal depende do tipo de cultura e do tamanho da área. Para hortas e estufas, um voo quinzenal pode ser suficiente; em lavouras maiores, mensais. O investimento inicial pode parecer alto, mas o retorno vem rápido: a redução no consumo de água e a prevenção de falhas compensam o custo do equipamento e do processamento das imagens.
Ferramentas de processamento e exemplos práticos
Existem diversas ferramentas que facilitam a análise dos dados, como Pix4D, DroneDeploy e QGIS, que permitem combinar as imagens térmicas, NDVI e RGB em um único mapa interpretável. Em hortas e campos de produção, os resultados são visíveis: agricultores identificam gotejadores entupidos, setores desbalanceados e até pequenas diferenças no sombreamento que afetam a uniformidade da irrigação.
Ajustes de projeto no HydroLANDSCAPE
Após identificar os pontos críticos com as imagens do drone, o irrigante pode abrir o projeto original no HydroLANDSCAPE e inserir a foto aérea ou o mapa térmico por cima do desenho. Assim, é possível visualizar com precisão onde estão as falhas e decidir onde vale a pena melhorar, seja reposicionando emissores, ajustando setorização ou reforçando áreas de maior consumo.
O grande diferencial é que, no Hydro, essas alterações são rápidas e seguras: o usuário pode mover ou substituir componentes sem precisar refazer cálculos ou redesenhar toda a rede de irrigação. Dessa forma, o drone mostra o problema e o HydroLANDSCAPE ajuda a corrigi-lo de forma técnica, sem retrabalho.
Conclusão
O uso de drones e imagens térmicas traz uma nova camada de análise para a irrigação. Quando combinado ao HydroLANDSCAPE, o irrigante transforma a inspeção aérea em ação prática, comparando o que foi projetado com o que está funcionando no campo, e ajustando o sistema com agilidade e precisão.

Projeto de irrigação do Projetista de Irrigação Vitor Pedreira, com projeto de irrigação feito sob imagem de satélite.
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